quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Norah Jones

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“Norah Jones surgiu de forma inusitada, sentada ao piano e cantando de um jeito doce, num momento em que o rock estava em alta, e a música Black se destacava cada dia mais. Chegou representando o jazz vocal, que já ensaiava um ressurgimento por meio de outras cantoras bonitas e talentosas, como Diana Krall. Mas ninguém podia imaginar que Norah fosse chacoalhar o mercado com tanto vigor.

Pois ela saiu colecionando recordes. Seu primeiro disco, Come Away with Me, vendeu 23 milhões de unidades e motivou oito prêmios Grammy em 2003. Se analisado como um álbum de jazz (há quem o considere muito pop para tal), foi o mais bem-sucedido do gênero em todos os tempos, batendo com folga Kind of Blue, de Miles Davis. Seu segundo trabalho, Feels Like Home, atingiu a marca de quase 2 milhões de exemplares vendidos só na primeira semana de loja, feito que a lendária gravadora Blue Note nunca tinha conseguido tão rapidamente com um lançamento.

Só que nesse segundo disco Norah definitivamente já não podia mais ser tratada como artista de jazz. Ela surpreendeu a todos estreitando vínculos com a música country. Chegou até a dividir uma canção com Dolly Parton, figura extremamente popular entre os admiradores do gênero. Seu passo seguinte foi montar uma banda para tocar clássicos country, a Little Willies (ela sempre se declarou devota de Willie Nelson).

Se seu terceiro álbum (Not Too Late) não trouxe muitas surpresas, a cantora inovou ao encarar um papel no cinema, como protagonista de Um Beijo Roubado, do chinês Wong Kar-wai. Sua nova reinvenção musical só chega agora. Aos 30 anos, separada do namorado que a acompanhava tocando baixo desde os primórdios, Norah se aproximou do rock e da soul music em The Fall. O trabalho foi produzido por Jacquire King, responsável por bandas independentes como Kings of Leon, e traz uma parceria com Ryan Adams, a bela Light as a Feather.

norah

A faixa mais formidável do trabalho é It's Gonna Be, com um órgão suingado que remete a Green Onions, de Booker T. & The M.G.'s. Outra que chama atenção é Even Though. Fica difícil acreditar que a intérprete da canção seja Norah Jones e não Nina Persson, do grupo sueco Cardigans. Mas é Norah, explorando novos territórios, ainda que escudada por velhos parceiros — Jesse Harris, autor de Don't Know Why, coassina Even Though e Tell Yer Mama. The Fall, em resumo, é o produto de uma alma inquieta, que fez dos anos 00 um período um pouco mais prazeroso para se degustar música. ”   

José Flávio Junior é jornalista.

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Vi na Bravo!

Claro, que eu não poderia deixar de conferir qualquer dica que a revista Bravo escolhe para seus leitores…

então, a faixa que mais gostei do album foi essa:

E sim, se você tem um gosto eclético sobre a música, não deixe de escutar o álbum, está pra lá de empolgante!

Beijo pessoal e até a próxima

Danielle Rocha

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